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A Saúde Mental: um cuidado individual e coletivo

publicado: 10/10/2021 00h32, última modificação: 10/10/2021 00h32

10 de outubro foi escolhido como o Dia Mundial da Saúde Mental. Este dia convoca a nossa sociedade e cada cidadão, individualmente, a cuidar da saúde mental. Juntos, podemos fazer dessa data um marco estratégico para que as pessoas reflitam, debatam e planejem ações em prol da saúde mental e do cuidado de si, e da melhoria da qualidade de seus relacionamentos.

​​A pandemia de COVID-19 aumentou significativamente a demanda por saúde mental e trouxe às pessoas uma maior propensão a pensarem mais sobre a vida, sobre as relações sociais, e sobre as questões sociopolíticas que impactam nossa vida. Percebemos que precisamos encontrar uma forma de cuidar da mente e ressignificar a vida para encontrarmos alternativas ao estresse imputado a todos nós a partir da mudança brusca que ocorreu em nossas rotinas.                                                    

No entanto, é preciso que atentarmos para o fato de que sensibilizar pessoas acerca de sua saúde mental não pode ser pensado como um processo natural que irá se desenvolver meramente a partir de ações informativas.

Faz-se necessário que pensemos em construir diferentes tipos de redes de apoio, e em ações que proporcionem maior qualidade da saúde mental coletiva e individual, a partir da promoção de saúde sustentada por políticas públicas e também institucionais.

Assim, quando falamos sobre saúde mental, é imprescindível envolvermos diversos atores da sociedade, tendo em vista que a subjetividade humana não pode se dissociar dos aspectos sociais, e que o sofrimento psíquico é multifatorial e constituído a partir das relações das pessoas com o seu entorno social.

Portanto, sabendo que o cuidado com a saúde mental é um trabalho de todos nós, a ênfase, desloca-se da doença à saúde e à observação de como os seres humanos vivem em seu cotidiano (BLEGER, 1984).                                           ​​​

Isso nos leva a pensar em outra questão importante. Considerando que passamos a maior parte do tempo trabalhando, as relações interpessoais e as condições em que este trabalho se realiza, repercutem diretamente na saúde mental dos trabalhadores. Podemos, então, afirmar que o trabalho atua como um regulador social e é fundamental para a subjetividade humana (DEJOURS, 1992).

Nessa perspectiva, é necessário que pensemos estrategicamente, enquanto instituição, em melhorarmos nossas relações e nossos processos de trabalho. O momento atual exige esforço coletivo de cuidado e resiliência para enfrentarmos juntos as dificuldades.                                            

​​Alinhada com esta proposta, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) através da Coordenação de Qualidade de Vida, Saúde e Segurança do Trabalho (CQVSST), desde maio de 2020, passou a oferecer atendimentos psicológicos e sociais, de forma remota, com o intuito de garantir assistência e intervenções em situações de crise, para nossos servidores técnico-administrativos e docentes. 

Esta é mais uma ação institucional, em que afirmamos nosso compromisso com a saúde mental dos servidores, oferecendo acolhimento às suas demandas plurais. Então, vamos juntos cuidar da saúde mental? Converse sobre seus sentimentos. Juntos somos mais!

Agende o seu atendimento:

dqvs.psicologia@progep.ufpb.br dqvs.ssocial@progep.ufpb.br

 

Referências Bibliográficas:                                         

  • ALMEIDA, L. B. Q. de. Teletrabalho em Instituições Públicas: Um Estudo de Caso no Tribunal de Contas do Estado do Ceará. 101 f. Dissertação (Mestrado em Administração e Controladoria) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
  • BLEGER, J. (1984). Psicohigiene e psicologia institucional (E. Diehl & M. Flag, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1973).
  • DEJOURS, C. (1992). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho (5a ed.). São Paulo: Cortez; Oboré.